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(reprodução uol.com.br) |
Seguindo
com a retrospectiva do ano Tricolor, a ReTRI #02 vai apresentar três pontos de
vista diferentes sobre a Copa do Brasil, uma competição que não tinha muita
disputa até o momento que não contava com os participantes da Libertadores, mas
mesmo assim o Tricolor não teve sucesso. Abaixo seguem as três visões dos três escritores
do C11 – São Paulo.
~•~
Vamos
abrir os trabalhos então com Victor
Castro, contando até mesmo uma de suas experiências no Morumbi.
Definitivamente,
nós não sabemos jogar a Copa do Brasil e a Copa do Brasil não é para nós. É
impressionante como a cada participação do São Paulo na competição isso fica
mais evidente. Colecionamos eliminações patéticas e incompreensíveis como
nenhum outro clube.
Dessa
vez, pelo menos, o São Paulo não alimentou as esperanças dos torcedores para
depois morrer na praia: em vez disso, foi direto ao ponto e caiu fora logo no
3º confronto. E foi uma eliminação daquelas que não esqueceremos tão cedo.
Passamos
por CSA e CRB, ambos de Alagoas, sem grandes problemas. Contra o CRB teve até
gol de bicicleta de Ademilson, o que já indicava que alguma coisa daria errado
mais cedo ou mais tarde na competição. O adversário seguinte foi o Bragantino e
vencemos o jogo de ida fora de casa por 2x1. Aparentemente, tudo tranquilo e
classificação na mão.
Pois
o São Paulo conseguiu a proeza de deixá-la escapar. Nunca me esquecerei desse
dia: estava um trânsito infernal em São Paulo, o jogo era às 22 horas no
Morumbi – vale lembrar que é bem complicado chegar ao estádio - com frio e
muita chuva e teve até apagão por lá antes da partida. Mesmo assim, não abri
mão de ir ao jogo.
O
que torna a façanha da eliminação mais incrível é que abrimos 1x0 logo no
começo. E mais: desperdiçamos várias chances de ampliar o placar – Ganso perdeu
o gol mais incrível de todos, praticamente embaixo das traves. Com três gols de
bola parada, o Bragantino conseguiu virar o jogo e obter a classificação em
pleno Morumbi. Que dia traumático.
Era
de se esperar que a Copa do Brasil ficasse mais difícil a partir deste ano, com
o retorno dos times da Libertadores à competição. A eliminação precoce, porém,
nem sequer permitiu que enfrentássemos esses times. A Copa do Brasil é o único
título que falta ao São Paulo e deve continuar faltando por muito tempo. Não
tem jeito: nosso negócio é mesmo a tal da Libertadores.
~•~
Agora
é a minha vez. Eu, Allan Jones irei escrever
nas linhas abaixo como têm sido as últimas edições da CdB.
É
meio triste ver que nos últimos os três paulistas conquistaram a Copa do
Brasil. O Corinthians em 2009 no time do Ronaldo, Santos em 2010, com aquele time
que encantou o Brasil, e até mesmo o Palmeiras em 2012. Confesso que, por morar
no estado de São Paulo e ver esses times sempre conquistando a competição me
fez criar uma certa simpatia pelo torneio. Esse ano seria ainda mais
empolgante, com a inclusão dos times da Libertadores e, com o elenco que
tínhamos, eu via o São Paulo como o time que poderia entrar forte na
competição.
É
verdade que nas últimas competições, as coisas não foram tão positivas, sempre
sendo eliminados por times pequenos. Em 2011 conseguimos parar no Avaí, naquele
dia que o goleiro Renan nunca mais vai ter de novo. Já em 2012, o Coritiba de
Everton Ribeiro me deu muita dor de cabeça após aquele jogo no Couto Pereira. Mas
esse ano talvez as coisas pudessem ser diferentes.
E
já no começo as esperanças se focavam na estreia do mais novo camisa 11 do
Tricolor. Alexandre Pato, com muita desconfiança chegou para o São Paulo em negociação
envolvendo Jadson e logo na primeira partida deixou uma boa impressão contra o
CSA, quando o Tricolor venceu por apenas 1 a 0 e provocou o jogo de volta no
Morumbi. Em casa, o próprio Pato e Luis Fabiano foram os autores dos gols da
vitória por 3 a 0.
Na
fase seguinte, uma nova viagem até Alagoas para podermos presenciar talvez a
única coisa (surpreendentemente) boa da campanha. Ademilson marcou de bicicleta
aquele que talvez seja o gol mais bonito do São Paulo no ano. Ainda sim, apesar
de toda a arte da jogada, os alagoanos do CRB venceram por 2 a 1 e provocaram mais
um jogo de volta, dessa vez no Pacaembu. Aqui, Rogério Ceni, Lucão (!) e
Osvaldo (!!!!) garantiram mais um 3 a 0 e agora o adversário era o Bragantino.
É
preciso dizer que, quando se força dois jogos de volta contra adversários tão
fracos como esses, as coisas estavam longe de estar acontecendo da maneira
ideal. O sinal amarelo estava ligado e a desconfiança era permitida. Porém, aparentemente
o time de Bragança Paulista não seria um grande obstáculo e a evolução poderia vir
com o tempo. Na primeira partida no estádio Santa Cruz, com a torcida Tricolor
em peso, um time sonolento em um jogo fraco foram o suficiente para ganhar de 2
a 1.
Considerando
as condições da partida de ida, no Morumbi as coisas deveriam ser mais fáceis
ainda... Bem, acontece que os planos do Bragantino eram diferentes e BOOM! 3 a
1 para os visitantes, uma zebra enorme e inesperada, patrocinada por Cesinha,
Gustavo Carbonieri e Guilherme Mattis, com Paulo Miranda (!!!!!!!!!!)
descontando.
Realmente
não era dessa vez que veríamos o São Paulo se sagrar campeão da Copa do Brasil.
Em uma campanha em que o time foi desleixado, preguiçoso e tendo dificuldades
contra os mais ingênuos adversários, percebe-se que quando se perde para o
Bragantino é porque não era pra ser. Mas paciência, um dia as esperas acabam e
poderemos celebrar esse título inédito.
~•~
Por fim, Caio Coutinho dará sua opinião sobre a competição.
O São Paulo e aquela sua "mania" de iludir o torcedor (e nós sempre caímos). Foi assim na Copa do Brasil de 2014. Mais uma eliminação vexatória nesse tipo de competição e o sonho do título inédito ficou pro próximo ano. Vamos à um resumo da campanha Tricolor.
Estreamos contra o CSA de Alagoas, fora de casa, e conseguimos uma vitória por 1 a 0 (jogo que marcou a estreia de Pato) e garantimos a classificação no Morumbi, com um 3 a 0. No segundo confronto, também contra um time de Alagoas, agora o CRB, Uma derrota por 2 a 1, fora de casa, e novamente uma vitória por 3 a 0, no Pacaembu.
Veio a terceira fase e o adversário era o Bragantino. Teoricamente, a classificação sairia facilmente. E o primeiro jogo mostrou isso. Fora de casa, o Tricolor venceu por 2 a 1. Mas no jogo da volta... O desastre. De virada, o São Paulo perdeu por 3 a 1 e foi eliminado. Mais um jogo pra colocarmos na conta dos vexames em mata-mata.
Foi uma eliminação muito dolorida para a torcida. No primeiro ano disputando a "nova" Copa do Brasil, não chegamos nem na fase de oitavas, e ainda por cima, sendo eliminado por uma equipe da Série B. Mas nem tudo foi ruim. A derrota para o Bragantino serviu de lição e assim fizemos uma boa campanha no resto do ano.
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