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Com time determinado, garantimos a permanência. | Foto: ESPN/UOL |
Começar a semana com um sorrisão no rosto. Foi esse o semblante dos torcedores do Coxa. Não cairemos. Mas afinal, este é um motivo a ser comemorado? Pois bem, meio chato, mas pelas perspectivas do Coritiba durante o Brasileirão, a resposta é: sim. "É o que tem pra hoje". Muitas coisas fizeram o Verdão ter uma campanha irregular na temporada, mas o momento não é de cobrar, e sim, de fechar esse 2014 em grande estilo.
Confesso pra vocês que quando vi o Galo com time titular, já fiquei com frio na espinha. Todo aquele clima de festa e o Horto cheio. Clima de amistoso? Só na entrada mesma. O Coritiba jogou num 3-6-1 meio estranho com Joel voltando pra marcar, e Alex fazendo a função de um falso 9, atraindo marcação pra chegada forte dos laterais. Dudu, o garoto, ficou encarregado da criação das jogadas, e Robinho, como um segundo volante que poderia dar mais qualidade na saída de bola. Eu avisei que tinha ficado estranho...
Mais estranho que a formação, foi o gol. Carlinhos, com toda sua altura de um pintor de rodapé, subiu no terceiro andar e testou firme no canto superior de São Victor. 1x0 com 6 minutos de partida. Pronto, era tudo o que a gente precisava, e até mais! Com a derrota de Palmeiras e Vitória, era só voltar de Minas com um pontinho na bagagem pra garantir a permanência.
O primeiro tempo ficou de ótimo, repito, ótimo tamanho para o Coxa. Fomos massacrados depois do gol. Tardelli fez uma partida sensacional, só ficou atrás de Vanderlei, que fez seus milagres. Quando Vandeco - que usou a camisa 300, em homenagem ao seus número de partidas - não salvou, Luccas Claro, na linha, e bandeirinha, longe da linha, deram seus pulos.
O Galo chegou ao empate, mas não valeu. O Coritiba fez o gol e só. Chute pro mato e pronto. Com a segunda etapa em andamento, o Galo martelou muito mais. O desgaste era perceptivel no Coritiba. Bonfim - que não jogou até o fim, e não foi bom - saiu lesionado ainda na primeira etapa alegando que sentiu o posterior da coxa. Hélder levou uma pancada e saiu.
Em nome de todos os santos do futebol, Marquinhos Santos colocou Sérgio Manoel e Germano. Detalhe: Sérgio Manoel entrou fazendo a função de zagueiro. era muita emoção, meeeeeeu Deus. O fim de jogo ia se aproximando, e o time mineiro queria demais o empate, e como sabemos, poderia até virar. Não se brinca com galo num horto.
Quando o Coxa tinha que fazer, de forma definitiva, o que fez o jogo inteiro - defender - se animou e foi pra cima dos cara! O jogo virou lá e cá. E aos 40', Alex, num passe de craque, deixou Leandro Almeida, exato, Leandro Almeida na cara do gol, pra bater e fazer 2x0. Inacreditável. Parecia tão fácil que até Júlio Cesar entrou, mas só pra sujar o uniforme e dar entrevista mesmo. Porém, o time forte e vingador do outro lado, não se dava por vencido, e com Pedro Vidro Botelho, descontou. 2x1.
Sofrido, com raça e determinação. Ficamos, caros torcedores. Marquinhos Santos veio, cumpriu seu papel e fez o Coritiba ficar onde merece. Sabe o lance de tirar coisas positivas da temporada? É o momento. Na sua despedida do Brasileiro, também iremos dar adeus para Alex, e para o Couto na temporada. O Menino de Ouro vai deixar os gramados brasileiros. Motivo de comemorar e reverenciar este homem que tanto fez pelo clube.
Voltamos, lá de Minas, com 3 pontos, garantimos a permanência, carimbamos o passaporte pra Série A 2015, e carimbamos a faixa de Galo, de campeão da Copa do Brasil. Aprendeu, Cruzeiro? Assim que se joga no Horto! Infelizmente, este foi nosso motivo para comemorar este ano, mas que a diretoria tome vergonha, e faça o time alcançar um patamar maior.
Só pra fechar com chave de ouro: o outro time da cidade, um rubro-negro, já tinha até churrasco marcado parar "festejar" nossa queda, torcida e tudo mais. Acho melhor marcar churrascão pra colocar teto retrátil na casa dele, hein... Saudações Alviverdes!
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