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(Reprodução globoesporte.com) |
Em Cuiabá, no maior clima possível de amistoso, a vaga na Libertadores foi confirmada para o São Paulo. Infelizmente, o mesmo jogo acabou com a utopia de ver o Tricolor como campeão brasileiro de 2013, afinal o Cruzeiro foi (merecidamente) consagrado como o time número 1 do país. Mas tivemos algumas histórias pra contar.
De início, Muricy mandou um time misto, com chances para o torcedor poder observar vários jogadores. Na época em que nos localizamos, é bom olhar para os atletas menos utilizados e poder julgar quem merece ou não se manter no elenco para 2015. Com isso, o time titular foi Rogério Ceni; Paulo Miranda, Edson Silva, Antonio Carlos e Reinaldo; Hudson, Auro, Boschilia; Ademilson, Osvaldo e Alexandre Pato. O Santos por sua vez, sem nenhuma expectativa queria apenas dar uma alegria para o torcedor que foi a Arena Pantanal. Os titulares foram Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Neto, Caju; Alison, Arouca, Souza, Lucas Lima; Robinho e Gabigol.
O jogo começou e o que se viu foi... absolutamente nada. Um primeiro tempo de dar desgosto, que nos faz querer que o Campeonato Brasileiro acabe logo, assim como a maioria dos outros jogos da competição. Pra se ter ideia, nos primeiros 20 minutos, o lance mais destacável foi a parada pra hidratação. Sério, que jogo horrível. A única chance boa foi em uma boa finalização de fora da área de Ademilson, que obrigou Aranha a fazer uma grande defesa. Na sequência, uma grande confusão, bate e rebate e a defesa santista afastou o perigo.
Mas já que não teve muita coisa no primeiro tempo, usarei as próximas linhas pra destacar alguns pontos.
Primeiro, Osvaldo parece estar em outro planeta desde o início do ano de 2013. Eu já vi muitos jogadores caírem de rendimento, mas o camisa 17 parece uma outra pessoa. As arrancadas que eram sua principal característica em 2012 simplesmente não funcionam mais, os dribles não encaixam como outrora, o jogador está muito abaixo e por mim (e para quase toda a torcida que não para de xingar o mesmo) poderia arranjar outro clube para o ano que vem.
Os jovens Auro e Boschilia estiveram sumidos no primeiro tempo. Muito se reclamou sobre a falta de chances dadas aos garotos de Cotia, que realmente não têm recebido o tratamento que dois jogadores com talento devem receber, mas hoje tiveram a chance de atuar e durante os primeiros 45 minutos estiveram longe do ideal. Enquanto o jovem lateral atuava no meio como volante, o meia que tinha o papel de armar o time. Porém, ambos estavam sumidos. Mas eu ia me engasgar com a corneta impiedosa no segundo tempo.
De resto, a primeira etapa parecia um amistoso do NBA Global Games.
A etapa complementar finalmente fez valer a pena escolher assistir esse jogo. No intervalo, entraram Thiago Ribeiro e Geuvânio pelo Santos e Luis Fabiano, que teve seu nome gritado pela torcida mato-grossense nos primeiros 45 minutos quase inteiros. Isso deixou o jogo muito mais aberto, com chances para os dois lados.
Logo aos 8 minutos, Edson Silva falhou e deixou Geuvânio na cara do gol, que não aproveitou a chance e chutou pra fora. Uma chance que os mandantes do amistoso de três pontos se lamentariam, pois mais tarde, o mesmo Boschilia que cornetei abriu o placar, entrando na área e chutando cruzado, no canto de Aranha, 1 a 0 Tricolor.
A partir daí o time da Vila Belmiro e hoje da Arena Pantanal começou a pressionar. Aos 11, uma bola na trave do mesmo Geuvânio, que entrou muito bem. No minuto seguinte, Robinho fez tabela com Caju e parou em Rogério Ceni. E um minuto depois, Lucas Lima, em uma bela arrancada chutou e o capitão novamente salvou o Tricolor. Aos 17, o São Paulo voltaria a atacar e quase ampliou a jogada, após jogada pela lateral de Osvaldo, que jogou a bola na área e após leve desvio de Edu Dracena, Paulo Miranda cabeceou pra fora.
No mais, apenas um contra-ataque puxado pelo time santista, que resultou em uma finalização de Lucas Lima defendida por Rogério e um chute de Michel Bastos por cima do gol. Várias chances de um segundo tempo de um nível que eu não via em campos tupiniquins em tempos.
No final do jogo, o título foi confirmado para o Cruzeiro. O que me deixa triste, é saber que se não fossem alguns tropeços lá no início da competição, poderíamos estar comemorando hoje. Mas o que interessa é que os mineiros foram sim o melhor time do país, e por isso merecem o título. Os três pontos de hoje também não foram inúteis, afinal, depois de um ano de ausência, disputaremos novamente a Libertadores, aquela competição que todo são-paulino ama.
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