Foto: Coritiba/Divulgação |
Neste domingo (23), o Coritiba teve uma decisão em casa. Não pelo título, infelizmente, esse foi mais uma vez para os mineiros. Nossa decisão era (e ainda é) pela permanência na elite do futebol brasileiro. Um embate difícil de engolir, sobretudo, quando ele vem se repetindo há alguns anos. No entanto, é preciso lutar dentro e fora das quatro linhas.
O adversário da vez foi o Palmeiras, também ameaçado, e a atmosfera do Couto Pereira refletia a tensão que a possibilidade de não vence-lo resultaria. Os números oficiais dão conta de 22 mil torcedores como público total nas arquibancadas (sinceramente, parecia ser mais). Em campo, onze entraram carregando a responsabilidade de manter o Coxa vivo na competição, sendo eles: Vanderlei, Norberto, Luccas Claro, Welinton, Leandro Almeida, Carlinhos, Helder, Robinho, Alex, Zé Love e Joel.
O primeiro tempo foi basicamente de domínio alviverde... paranaense. Aos 13 minutos, quando o Palmeiras chegou pela primeira vez e exigiu a intervenção de Vanderlei, o Cori já havia chegado duas vezes e recebido o mesmo número de faltas. Insistindo, o Coritiba chegou ao gol aos 25 minutos, mas o árbitro assinalou falta de Leandro Almeida em Lúcio e anulou a jogada. Lance discutível, porém, vida e bola que seguem.
Outras chances vieram com faltas e escanteios cobrados por Alex, com Zé Love errando (e sendo cobrado). Helder arriscou e Joel também tentou sem sucesso antes do intervalo, que levou o placar como começou para os vestiários.
Na etapa complementar o cenário foi parecido. A torcida cantando e o time tentando, fazendo o Couto Pereira ser o Couto Pereira novamente. E o resultado disso não demorou a aparecer: aos nove minutos, a bola sobra para Zé Love e ele finalmente não desperdiça, abrindo o marcador e fazendo a torcida do Verdão do Paraná sair do chão e respirar um pouquinho mais aliviada.
Um gol aliviou, mas não era garantia e o Palmeiras sabia disso, e conseguiu assustar em algumas investidas, uma delas sendo em cobrança de falta. Aos 25 minutos, porém, Alex e Joel e brincaram na área palmeirense. O camisa dez com toda a sua experiência poderia ter assinado o gol como seu, mas viu a chegada do camaronês e tocou para que ele apenas empurrasse para o fundo das redes. Belo gol e sorrisos de alívio compartilhados entre arquibancada e jogadores.
No restante do tempo o Coxa conseguiu neutralizar o alviverde paulista e, no apito final no placar a conta estava em 2 a 0 e a comemoração foi liberada. Por enquanto.
Com o resultado, o time foi a 41 pontos e pulou para 15º colocado, abrindo três de vantagem do Vitória, o primeiro que abre a zona de rebaixamento.
Faltam duas decisões, digo, partidas. Uma contra o Atlético-MG, fora de casa, no próximo domingo e outra contra o Bahia, novamente no Couto. Pelos cálculos, 44 pontos nos salvam e o ideal seria ir para o último jogo com isso já garantido (porque pelo amor de Deus, mais uma vez sofrer na 38ª rodada ninguém merece). Entretanto, o adversário é complicado e o Coxa tem suas deficiências, sobretudo fora de casa, mas não tem jeito, o coração vai estar novamente na boca do torcedor e precisará estar nos pés dos jogadores.
Falta pouco para esse 2014 frustrante acabar. Então que seja pelo menos com o "prêmio" de consolação (olha só o nível de almejo em que chegamos).
comentar com Facebook