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O tricolor carioca foi até o Rio Grande do Norte encarar o América-RN pela terceira fase da Copa do Brasil. Foram vendidos 25 mil ingressos antecipadamente, promessa de casa cheia que se tornou realidade. Um bom público na Arena das Dunas, não só por parte da torcida do América mas também uma linda festa da torcida tricolor, que esgotou os ingressos e mostrou ao Brasil o quanto é apaixonada pelo seu clube na vitória de 3x0 do tricolor carioca. É incrível o amor de um adepto do Fluminense. Por onde passa arrasta uma multidão pra vê-lo jogar.
Assim como o jogador Wagner já havia entregado no decorrer
da semana, o técnico Cristóvão Borges começou o jogo com 4 mudanças. Henrique,
Valencia, Wagner e Rafael Sóbis ficaram como opções no banco de reserva. Foi
apenas uma forma de descansar alguns titulares e testar outros jogadores.
Primeiro tempo:
O Fluminense começou bem, com boa troca de passes e jogando
como se tivesse com os 11 titulares, provando que os jogadores que entraram na
equipe principal mantiveram o mesmo padrão tático dos companheiros poupados. Logo
aos 9 minutos da etapa principal, Carlinhos cobrou lateral rapidamente para
Chiquinho que partiu em velocidade e cruzou. A defesa não tirou a bola e ela
sobrou para Cícero na área. O camisa 5 só teve o trabalho de dominar a bola com
o ombro e chutar cruzado, de direita, pro fundo da meta. Após isso foram 35
minutos de troca de passes e pouco ataque. O gol da carioca foi o único chute a
gol do Fluminense no primeiro tempo. A
equipe do América chutou bastante, procurou sobreposições e achou contra-ataques
perigosos. Rodrigo Pimpão foi o jogador em que mais preocupou a zaga tricolor.
Aos 31, em uma lambança da zaga do Mecão, Fernando Henrique saiu do gol e
encontrou seu companheiro Jean Cleber pela frente. Uma dividida forte, dura e
que provavelmente teria causado uma séria contusão no ex-arqueiro tricolor. Não
deu outra, FH foi substituído e o reserva Dida assumiu o gol. As equipes foram
para o vestiário mostrando um América mais confiante no fim do jogo e um Flu
cansado, apenas se protegendo e rodando a pelota.
Segundo Tempo:
Os técnicos de ambas as equipes fizeram uma substituição.
Pelo lado tricolor, Cristóvão colocou Wagner no lugar de Carlinhos, recuando
Chiquinho para a lateral esquerda e deixando o Wagner assumir seu lugar no meio
de campo. Pelo América,o técnico Oliveira colocou Jéfferson (ex-Vasco), que
entrou no lugar de Val(Sim, cara. O Val!!). Uma iniciativa ousada e necessária,
visto que seu time perdia em casa. Não fez muita diferença, o Alvirrubro
continuou sucumbindo à fantástica fábrica de futebol de Cristóvão Borges. Aos 3
minutos e em nova investida pela esquerda, Chiquinho cruzou e achou Cícero,
mais uma vez na área, que só precisou de um desvio na bola para complicar o
goleiro Dida. O Fluminense colocava mais um na conta. Fred era outro jogador se
comparar com o capitão do início do ano. Muita movimentação, vontade e bons
passes. Falando em bons passes, Fred segurou a bola e assistiu sensacionalmente
ao seu companheiro Conca. O argentino dominou, deixou o goleiro na saudade e
ampliou. 3x0 aos 21 minutos e a torcida foi à loucura. Após o 3º gol, Cristóvão
prontamente sacou Conca e Cícero e mandou a campo Walter e Sóbis,
respectivamente. Como assim? Fred, Walter e Sóbis juntos no mesmo esquema? Sim,
meus amigos... Cada dia me surpreendo mais com esse treinero. O Flu estava
assumindo, com essas substituições, o 4-3-3 certo? Errado! Rafael Sóbis, o
multifuncional, jogou mais tempo antes do centro de campo do que após. A ideia era
Walter e Fred lá na frente e Sóbis e Wagner armando o jogo pra eles. Não deu
muito certo. O que se viu foram muitos cruzamentos pra área e o Mecão
aumentando sua pressão. Rodrigo Pimpão, Max e Jéferson deram chutes perigosos,
mas nada que preocupasse o goleiro Cavalieri, pois a zaga esteve bem postada na
maioria dos lances. Ao final do jogo, o América havia finalizado 14 vezes,
contra 7 do Fluminense. Vitória do Flu e uma boa vantagem pra jogar tranquilo
em casa.
Composição tática do time:
Cristóvão armou o time na habitual formação em que vem
jogando, só que não é somente assim que o time se comporta em campo. No jogo de
hoje, parei para analisar friamente como o time joga e o resultado foi
impressionante. No papel, a equipe é escalada no 4-2-3-1 com Jean e Edson
fazendo a ligação defesa/ataque, 3 homens municiando o atacante(Conca pelo
meio, Cícero pela direita e Chiquinho pela esquerda) e lá na frente o Fred. Ao
soar o apito inicial isso tudo vira lenda. Sem a posse de bola, os dois meias
laterais (Chiquinho e Cícero) voltam para ajudar a zaga, formando um esquema
totalmente fechado e armando a equipe no 4-4-1-1. Quando a bola é recuperada,
muda novamente. Os meias voltam à posição “padrão” e participam mais no ataque,
fazendo com que o atacante tenha 2 companheiros tanto no ataque quanto no meio,
variando entre o inicial 4-2-3-1 e 4-2-1-3, este último com os meias virando
pontas. Tudo isso, claro acrescentado de uma sensacional troca de passes e
consistência tática. Que time!
Curtinhas:
·
Hoje
foi a 13ª vez em que as equipes se enfrentaram e o Flu acrescentou mais uma
vitória na conta. Com a de hoje, a equipe carioca conta com 9 vitórias no
confronto direto contra o América, que por sua vez, possui apenas 2 vitórias
sobre o tricolor.
·
Fred,
que é a dúvida desse esquema magistral montado por Cristóvão Borges, se
movimentou e participou bem do jogo, mas não tem o mesmo papel que Rafael Sóbis
que atua como falso 9, enquanto Fred faz o papel de pivô.
·
O
que há com o Carlinhos? Será que a renovação de contrato está afetando tanto
assim seu futebol? Sabemos que ele dorme e acorda por diversas vezes em campo,
mas tem passado mais tempo dormindo do que acordado.
·
Elivélton
ainda não! 1º tempo assustou. 2º tempo mais tranquilo.
·
Bruno
apresentou melhora significativa. Mais defensivamente do que ofensivamente, mas
pode e deve seguir em progresso.
·
Que
beleza é ver Cícero e Conca com essa camisa. Sou feliz!
·
O
que há com a bola aérea, hein? Consta no contrato a opção “Esquecer como cruzar”?
Sorte a nossa que não precisamos exclusivamente deste artifício.
·
A
equipe tricolor conseguiu 91% de acerto nos passes! Média maior que a da
seleção alemã! QUE TIME!
Saudações tricolores
Seremos campeões.
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