Força e poder de fogo na frente, esta é a Costa do Marfim

Drogba e Yaya Touré comandam a Costa do Marfim no Brasil
Foto/Reprodução: internet
Grandes nomes. Alguns são os principais jogadores em seus clubes, mas pelo seu país não conquistaram nada. A necessidade de uma glória maior para a, até então, melhor geração da Costa do Marfim ser lembrada por todos é uma questão de honra.


Liderados por Didier Drogba e Yaya Touré, os elefantes querem ao menos uma vaga para as oitavas de final da Copa do Mundo, para assim, gravarem seu nome na história, e serem os primeiros a conseguirem tal feito pela seleção marfinense. Uma vaga acessível, penso. Uma vez que o Grupo C talvez seja o mais equilibrado da Copa, com: Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão.

Yaya Touré é posto como um dos principais jogadores do mundo. O volante foi peça vital na campanha do Manchester City rumo ao título da Premier League, apesar de ter sofrido com lesões musculares ao decorrer da temporada, isso mostra o desgaste do jogador. Didier Drogba fez uma de suas temporadas mais apagadas dos últimos tempos, talvez pelo fato de sua ex-equipe, o Galatasaray (TUR), não ter vencido sua Liga Nacional, e pelo fato da equipe turca ter sido eliminada logo nas oitavas de finais da UEFA Champions League.

Por que sonhar com a vaga? No papel, a Costa do Marfim é a seleção mais forte do continente africano. Consegue aliar muito bem o potencial físico, característico de todas as seleções africanas que fizeram sucesso, com uma técnica raramente encontrada. Jogadores acima da média são vistos neste time. E ainda sem Eboué. O lateral, ex-Arsenal, e atualmente no Galatasaray (TUR) está de fora deste Mundial, o que é uma surpresa, pois Eboué esteve nos dois últimos Mundiais, e sua presença era quase uma unanimidade.

Por que não sonhar com a vaga? Porque a Costa do Marfim, até hoje, nunca deu um grande motivo de alegria para seu torcedor. A melhor campanha desta geração foi um vice-campeonato na Copa Africana de Nações, em 2010. Uma dolorosa derrota para Zâmbia, nos pênaltis. E também porque, por mais que a seleção tenha bons jogadores em praticamente todos os setores do campo, o gol está desprotegido. O goleiro é Boubacar Barry. Mesmo goleiro da Copa de 2010. O problema é que Barry é um goleiro muito inconstante, como a maioria dos goleiros africanos. E este é o ponto fraco da Costa do Marfim.

A Costa do Marfim está no bolo das zebras da Copa, como a maioria das seleções africanas. Não é fraca o suficiente para ser um saco de pancadas, porém não é uma seleção que chega com status de favorita, justamente por não ter um histórico vasto de conquistas.

Os 23:

  • Gol: Boubacar Barry (Lokeren-BEL); Silvayn Gbohou (Sewe Sport) e Mandé Sayouba (Stabaek-NOR).
  •  Defesa: Aurier Serge (Toulouse-FRA); Jean-Daniel Akpa-Akpro (Toulouse-FRA); Didier Zokora (Trabzonspor-TUR); Kolo Touré (Liverpool-ING); Souleymane Bamba (Trabzonspor-TUR); Arthur Boka (Stuttgart-ALE); Constant Djakpa (Eintracht Frankfurt-ALE) e Diarrasouba (Caykur Rizespor-TUR).
  •   Meio: Tioté (Newcastle-ING); Sérey Dié Geoffroy (Basel-SUI); Diomandé Ismael (Saint-Étienne-FRA); Didier Ya Konan (Hannover-ALE); Yaya Touré (Manchester City-ING) e Max Gradel (Saint-Ettiene-FRA).
  •    Ataque: Didier Drogba (Galatasaray-TUR); Wilfried Bony (Swansea-ING); Gervinho (Roma-ITA); Salomon Kalou (Lille-FRA); Giovanni Sio (Basel-SUI) e Mathis Bolly (Fortuna Dusseldorf-ALE).


Provável time:

Barry - Zokora, Kolo Touré, Bamba e Boka - Tioté, Yaya Touré e Gradel - Gervinho, Kalou e Drogba.

O 4-3-3 retrata a força e a velocidade dos Elefantes. Um time com um vigor físico e  uma disposição monstruosa, que pode trazer resultados excelentes para os africanos.

·         Ponto Forte: O ataque. Do meio para frente, a seleção marfinense é muito forte. E não só no seu chamado onze inicial. Opções como Ya Konan e Bony podem pôr a equipe um patamar acima das demais no Grupo C.

·         Ponto Fraco: O gol. “Todo o bom time começa por um bom goleiro.” O torcedor marfinense não usará este ditado para a sua equipe. Barry é um goleiro inconstante, porém possui a confiança  do treinador e jogará o Mundial como titular.

A seleção marfinense me deixa um pouco empolgado, porque evoluiu muito em relação ao seu primeiro Mundial, disputado em 2006. Possui 3 jogadores de nível mundial. Some isso a um elenco calejado por derrotas dolorosas, e à vontade de fazer história. Bem, teremos jogadores determinados, e com sangue nos olhos para a disputa da Copa. Pode ser que dê em algo.

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Autor: João Rafael

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