Pela Libertadores

Divulgação/Google

É daqui a pouco. São Paulo x Atlético/MG, 22h, no Morumbi. Vale a Libertadores.

Olhei para o relógio agora. Faltam 4 horas. Sim, esse é o nível da ansiosidade.

Não, isso aqui não é um pré-jogo. Vocês sabem que Jádson, Luis Fabiano e Maicon são desfalques etc. Só precisava escrever isso aqui antes do início da partida do ano.

Vai ser difícil? Muito. Eles são os melhores do Brasil. Nós não dependemos de nós mesmos. Mas é no Morumbi, mais de 50 mil pessoas. Tem que dar, porra.

Rogério, seja o líder, capitão, ídolo, craque. O de sempre. 

Paulo Miranda, não faça merda. Marca direitinho porque os pontas deles são fortes, principalmente o Tardelli. Só vai para o ataque SE DER.

Rafael Tolói, você fez 3 partidas ruins pelo São Paulo. Por favor, no mínimo na média hoje.

Lúcio, eu sei que você não é mais aquele, mas espero que os acontecidos tenham o motivado a tentar alguma coisa. Não sei se isso é tão importante para você como é para gente, você chegou agora, já ganhou tudo, está quase aposentando e esse é só mais "uma competição". Mas faça um esforço, jogue pela gente, faz o que der. Raça. Tu entende disso. Então, vamos precisar.

Edson Silva e Rhodolfo, não tenho ideia se vocês vão jogar. Mas façam tudo e mais um pouco. O impossível, se precisar.

Carleto, a lateral esquerda é sua. Você marca bem, e o Marcos Rocha pode deixar alguns pequenos espaços lá na frente, mesmo jogando com cautela. Trabalha bem com o Osvaldo por ali.

Denílson, não faça o que você vem fazendo. Não, esquece todo o ano de 2013. Finge que ele começa agora, que você tá brigando por uma vaga de titular. E volta a ser o do ano passado, lutando e marcando muito.

Wellington, sabe o tal do Ronaldinho? Sim, aquele cara feio ali, que enganou a gente no primeiro jogo. Não desgruda dele. Bate quando precisar, mas não deixa aquele cara jogar. Você viu, ele decide. Toma cuidado.

Paulo Henrique Ganso, ah, cheguei em você. Sabe seu colega, o outro meia, camisa 10, baixinho? Sim, aquele que você passava a bola de lado e esperava ele decidir a jogada. Ele não joga hoje. É você e você mesmo. Não quero que, depois de 20 partidas médias, em uma você seja aquele Ganso do Santos. Quero que você se esforce, corra, chute, deixe os atacantes na cara do gol. Use o talento que você sabe que tem e já mostrou. Nos dê esperança. E cale a boca de muita gente com esse jogo. Ele é o seu jogo, perfeito para você, perto da torcida, em casa, valendo a vaga no mata-mata. Faça valer a pena o que a gente gastou com você. São Paulo no peito, sou Paulo no nome. Sem pressão, acaba com o jogo, cara.

Douglas, tô com medo de você. Sério. Eu sei que você corre, se esforça, mas tenta pensar um pouco. Por favor. Hoje é sério, estamos precisando de qualquer um que ajude.

Osvaldo, faz o que tu sabe. Vai pra cima, dribla, corre e acerta a merda do chute. Não tem como pensar em perder gols nessa noite. Grande parte da nossa esperança tá em você, craque.

Aloísio, você é o nosso centroavante. Ok, é o que tem. Só tenta acertar a bola no gol de uma forma que não seja em cima do goleiro. Grato.

Wallyson, Cañete, Rodrigo Caio, Fabrício e quem mais precisar nessa noite: Joguem tudo que conseguirem. Quebrem a perna pelo gol. Olhem pras arquibancadas, são 50 mil pessoas querendo que vocês se classifiquem. Se isso não te motiva, nada mais o faz.

Eu acredito. Acredito pelos que acreditaram na disputa de pênaltis da final do Brasileirão de 1977, contra o mesmo Galo, no Mineirão lotado. Acredito pelos que acreditaram no gol do Careca, a 30 segundos do fim do segundo tempo da prorrogação da final do Brasileirão de 1986, contra o Guarani, em Campinas. Acredito pelos que, como eu, ainda novo, acreditaram que o São Paulo ganharia do espetacular-invencível-sensacional-mega-supler-blaster time do Liverpool e seria tricampeão mundial em 2005.

Façam valer o clube da fé. Joguem com raça, vontade e amor a essa camisa, classifiquem e ganhem de quem mais precisar até que o tetra venha. Acho que é isso. O resto o Ceni faz no vestiário e a torcida faz na arquibancada.

Eu sou, sou tricolor. Avante. São Paulo, eu acredito em você.


Diogo Magri

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Autor: Diogo Magri

17 anos, são-paulino do interior. Tenho trauma de bola parada, de pênaltis e de elogios ao goleiro antes do fim do jogo. No C11, falo de futebol europeu. Na vida, tento sofr... digo, ser jornalista.
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