Limpamos as Caracas, chegou a hora de tirar Emelec

Nelson Perez/Fluminense F.C

Há exatos três meses neste blog, muitos textos pós-jogo escrevi por aqui. Daquele jeito clichê de sempre, reservando o primeiro páragrafo para as informações básicas da partida, como quem se enfrentava, aonde e em qual torneio. Mas hoje a gente muda um pouco, porque a ocasião é especial. Aliás, já mudou e o primeiro páragrafo está acabando. Vem comigo, o Flu está no mata-mata da Libertadores.

Enfrentamos um time muito fraco nesta noite de quinta-feira. O Caracas não é um grande time, passa longe disso e mesmo assim, não jogamos tão bem levando em conta a última partida no torneio continental, contra o Grêmio, na Arena. Atribuo ao nervosismo, a falta de pé calibrado e aos desfalques, que teve como comprovação hoje, a falta que faz nosso Don Frederico.


O time oscilava entre boas oportunidades pelas laterais e a sequência de erros de passe, enquanto o adversário, pouco nos preocupou na primeira etapa. Perdemos oportunidades preciosas, com Wellington Nem, Leandro Euzébio e Rhayner. Os dois primeiros, em cabeçadas perigosas, com a de Nem raspando a trave e a de Euzébio indo em cima do baixinho goleiro do Caracas, Renny(?) Vega, a queima roupa. Nosso símbolo de luta e garra, Rhayner, mandou a dele no travessão, arrancando o 'uuuh' da torcida. O primeiro tempo foi resumido a isso e o resultado nos favorecia.

A linda festa das bandeiras da torcida tricolor chamou atenção em São Januário

No segundo tempo, uma série de sustos logo de cara. O Caracas acertou trave, deu chute muito perigoso e colocou a torcida tricolor para arregalar os olhos em cinco minutos. Por sorte, que foi nossa aliada hoje, não passou realmente de susto, tanto que alguns minutos depois, Sóbis abria o placar para o Fluzão, explodindo então a torcida presente em São Januário. O gol do alívio e da classificação. O time não adotou uma postura mais ofensiva depois disso, até tentou e teve algumas oportunidades, mas a sensação de dever cumprido fazia com que o time não partisse com tanta agressividade para cima do adversário, o que não era necessário, inclusive.

Após o apito final do árbitro, missão cumprida. Sem fazer uma campanha das mais empolgantes, o Fluminense terminou a fase preliminar em primeiro e ainda pegou um chaveamento muito bom, diferentes dos outros anos em que participamos da Libertadores. Percebemos que a liderança geral é uma verdadeira maldição.

Restava agora saber apenas uma coisa: O primeiro adversário na fase mata-mata. E entre mudanças de adversários e chaveamento do primeiro ao último minuto, enfim descobrimos quem será a vítima do Fluzão logo nas Oitavas. Será o Emelec, time equatoriano que costuma encrespar um pouco dentro de casa, mas que não é lá um time de tanta expressão.Com a liderança do grupo 8, o Flu faz a primeira partida lá no Equador, tendo a vantagem(?) de decidir a vaga em casa.

Dentro de campo, o time não teve um destaque postitivo na minha visão. Se tivesse, seria o Carlinhos, que no último final de semana viu sua esposa sofrer uma interrupção involuntária de gravidez. Ela estava com dois meses de gestação. A torcida inclusive no início da partida desejou força ao lateral-esquerdo, causando emoção em São Januário. Negativamente, aponto Welington Nem e Gum. O primeiro está voltando de contusão e me pareceu sem ritmo de jogo, enquanto o zagueiro não parece seguro nesse ano de 2013.

Agora o Fluminense entra em campo novamente no domingo, contra o Bangu, pela última rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, às 16h. Pela Libertadores, ainda não foram divulgados data e horário para as partidas de ida e volta contra o Emelec.

A hora da verdade começa agora. Nosso caminho é muito bom rumo ao título inédito da Libertadores.

Saudações tricolores!
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Autor: Clayton Mello

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