A temporada 2014 começou para o Bahia nesta segunda-feira, dia de reapresentação do elenco no Fazendão. E desde as primeiras horas da manhã, a ansiedade que tomou conta de todos os torcedores nos últimos dias, sedentos pela já famosa SMS (privilégio concedido aos sócios do clube, que são informados, em primeira mão, sobre as contratações), deu lugar a um outro sentimento, a desconfiança.
Sentimento este justificado pelas contratações anunciadas na manhã desta segunda (6). No total, o tricolor já contratou 8 atletas: O lateral-direito Rafael Galhardo, os zagueiros Anderson Conceição e Serjão, o volante Diego Felipe, o meia Branquinho e os atacantes Hugo, Jonathan Reis e Rhayner. Nomes que carregam consigo algumas interrogações. No quesito técnico, somente Diego Felipe, Branquinho e Rhayner dão esperanças ao torcedor do Bahia. E aqui abro um parênteses para falar do novo atacante tricolor. Amigos, vamos esquecer essa ideia de que Rhayner é ruim pelo simples fato de não fazer gol. A finalização, de fato, é uma deficiência. Mas pode ser trabalhada por Marquinhos Santos, contratado para ajudar no crescimento de cada jogador, extraindo deste e daquele o melhor para o coletivo. É o que sempre digo: Se Rhayner colocar o centroavante 10 vezes na cara do gol e saírem 10 gols do Bahia, tá valendo! A função dele é dar sequência aos lances. Gol, neste caso, não é uma obrigação maior, por exemplo, que a do atacante de área.
Os outros, na modesta opinião deste que vos escreve, são nomes para compor elenco. E explico. Rafael Galhardo, revelado pelo Flamengo, sempre terminou temporadas no banco. No Flamengo, o capitão Léo Moura sempre foi dono da posição. Atualmente, no Santos, Galhardo era terceira opção. E diante da atual situação da lateral-direita do Bahia, vem pra ser o titular. Preocupante.
Anderson Conceição, aos 24 anos, coloca em seu currículo o Bahia como sétimo clube. Média de quem é facilmente descartado ao final de cada temporada. Serjão e Jonathan Reis são incógnitas. E aqui abro um novo parênteses pra fazer dois questionamentos. Por que não apostar em Robson ou até mesmo Fernandes, formados na base, para compor o elenco? Por que não valorizar nomes como Ítalo Melo, Zé Roberto e Erick? Se é pra trazer desconhecido e inchar elenco, aposte nos seus. Trazer jogador assim derruba qualquer argumento do tipo 'ah, o clube tá sem dinheiro'. 20 mil de um, 15 do outro, deveria fazer diferença no bolso de quem, até então, se diz sem dinheiro. Soa incoerente.
E fechando a lista, Hugo, ex-Náutico. Se alguém da atual direção viu o Campeonato Brasileiro 2013, com certeza não teriam contratado. Ser reserva do Náutico, lanterna do campeonato, já diz muito. Em algumas partidas, reserva de JONES CARIOCA. Diz muito mais.
A maior interrogação, saindo da esfera técnica, diz respeito aos pormenores das contratações. Por que 6 dos 8 anunciados tem ligação com o empresário Eduardo Uram? Nova contradição. A situação parece uma releitura da relação Bahia/Carlos Leite de outrora. E não somente pelo fato de ser de Uram. Mas o exagero que há no número de atletas anunciados de uma só vez via Brazil Soccer, empresa na qual o empresário é sócio gerente. E tudo se torna mais complicado de entender, diante de uma das aspas de campanha de Fernando Schmidt: "Acabaremos com as contratações por vídeo ou por indicação de empresário". No sonho, beleza. Mas cadê a realidade?
O torcedor anseia por uma temporada diferente, onde o Bahia tenha fome de triunfos e títulos. E para isso, a direção tricolor precisa entender que o time precisa de REFORÇOS, e não jogadores para simplesmente compor elenco. Isso, com certeza, fará a temporada 2014 ser igual aos anos anteriores, onde o Bahia lutou desesperadamente contra o rebaixamento. Falo, mais do que nunca, como torcedor. A crítica, bem aproveitada, nos faz crescer também. Continuo acreditando que é sempre tempo de rever conceitos e melhorar, sair do óbvio. Que seja, então, uma realidade no Esporte Clube Bahia neste início de temporada.
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